Abelissauro
Um dos mais novos dinossauros carnívoros gigante é brasileiro. Com
sete metros de comprimento por quase três de altura, o predador
brutamontes foi desenterrado na região onde hoje fica a Chapada dos
Guimarães, no Mato Grosso. Viveu ali há 80 milhões de anos, durante o
período Cretáceo, e entrou para a lista das maiores e mais temidas
feras de todos os tempos. Trata-se do Pycnonemosaurus nevesi, apelidado
de “Grande Caçador”, encontrado na Chapada dos Guimarães (MT) há mais
de 50 anos e esquecido no Rio de Janeiro até 2000. Era um dinossauro do
grupo dos abelissauros, grandes predadores também encontrados na
Argentina e na África, e viveu há mais de 80 milhões de anos. O “Grande
Caçador” devia ter entre 7 e 8 metros de comprimento, 3 metros de
altura e pesar mais de 2 toneladas.
A fera foi apelidada de Rondon II,
numa homenagem ao Marechal Cândido Rondon. Rondon I refere-se a um dino
herbívoro encontrado em Minas Gerais. Ao lado de criaturas assustadoras
como o Tyrannosaurus rex e do galalau argentino Giganotossauro
carolini, Rondon II era um dos gigantes que reinavam no topo da cadeia
alimentar da pré-história. O Abelissauro possuía um crânio grande e
leve que poderia ultrapassar 80 centímetros de comprimento,
possibilitando mover a cabeça com facilidade, isso aliado à pernas
musculosas, que o transformavam em um temível predador.
O
Abelissauro ou “Lagarto de Abel”foi um dinossauro que viveu no Brasil,
no Uruguai e na Argentina, durante o período Cretáceo. Media 3 metros
de altura e 7 metros de comprimento, e pesava entre 1,5 e 2,5
toneladas. Foi um carnívoro bípede, encontrado pela primeira vez em
1985, na Argentina. Apresenta semelhanças superficiais com o
Tiranossauro. O nome “Lagarto de Abel” se deve ao fato de os fósseis
terem sido descobertos por um homem chamado Roberto Abel, que encontrou
fragmentos do dinossauro na Patagônia, mais precisamente, na formação
Allen. O crânio do Abelissauro nunca foi encontrado inteiro, embora
fora encontrado um crânio de 85 cm2 incompleto, acompanhado
de dentes compridos e grossos. Junto com o Carnotaurus, o Abelisauro
compõe uma família de dinossauros até então desconhecida, a
Abelisauridae.
A possibilidade de existência de grandes
carnívoros no Brasil era um mistério que intrigava os paleontólogos. Até
a descoberta do animal em Mato Grosso, a maioria dos achados
referentes a carnívoros no país era de dentes fossilizados.
O
dinossauro brasileiro tem traços típicos de outros gigantes carnívoros.
Os dentes com esmalte enrugado, que facilitavam a abertura do couro
das presas, são iguais aos do Giganotossauro. O formato das vértebras é
similar ao do Carnotaurus, outro grande predador. "Todos são animais
bem grandes e próximos na cadeia evolutiva", diz Kellner.
Rondon II provavelmente não foi o único
grande predador que viveu no território brasileiro na pré-história. No
Maranhão já foram descobertos dezenas de dentes de Carcharodontosaurus
saharicus – outro gigante que tinha mais de dez metros de comprimento
por quatro de altura, também encontrado na África.
Mas os vestígios de dinossauros mais
completos do Brasil estão na Chapada do Araripe, um tabuleiro de 160 km,
situado no sul do Ceará, Pernambuco e Piauí. Lá estavam os restos do
Santaraptor placidus, um dinossauro baixinho (1,50 metro de altura), que
vivia em bandos e alimentava-se de pequenos animais e de sobras das
refeições de bichos maiores. O exame dos fósseis de 110 milhões de anos
mostrou sinais do couro, músculos petrificados, além de vasos
sangüíneos e pele. “Não existe fóssil de dinossauro no mundo em igual
estado de conservação”, afirma Kellner, chefe da equipe que relatou a
descoberta.
Escavações
realizadas na Chapada do Araripe (CE) dão conta de 350 exemplares de
19 espécies diferentes de pterossauros, espécie de répteis alados que
viveram na mesma época dos dinossauros e podiam ter até 6 metros da
ponta de uma asa à outra. Muitos desses animais receberam nomes
tupiniquins, como o Tupuxuara, o Anhangüera ou o Tapejara. Entre os mais
famosos está o Thalassodromeus sethi, um pterossauro com uma enorme
crista óssea e um bico em forma de tesoura. Acredita-se que ele pescava
com o bico dentro da água. “Pterossauros são encontrados em vários
lugares do mundo, mas como eram voadores e tinham esqueletos frágeis,
raramente apresentam tão bom estado de conservação”, conta Kellner,
autor da descoberta, que mereceu a capa da revista Science, uma das mais
respeitadas revistas científicas do mundo. Em outubro de 2005, Kellner
e cientistas chineses anunciaram a descoberta de duas novas espécies
de pterossauros (foto) em Liaoning, na China. As réplicas das espécies
chinesas estão expostas no Museu Nacional, no Rio de Janeiro.
Fonte: http://www.chapadaexplorer.com.br/br/conhecendo-a-chapada-dos-guimaraes/229-abelissauro-dinossauro-da-chapada-dos-guimaraes.html