sexta-feira, 22 de março de 2013

Soma da P.G finita


Exercicios De  P.G finita

1. Vamos construir uma P.G. onde a soma do 3º como 5º termo é 5/4 e a soma do 7º com o 9º termo é 20.

2. Vamos determinar três números em P.G. cujo produto seja 1000 e a soma do 1º com o 3º seja 52.

3. Num programa de condicionamento físico, um atleta nada sempre o dobro da distância completada no dia anterior. Se no 1º dia ele nadou 25m, quanto nadará no 6º dia?

4. Escreva três números em P.G. cujo produto seja 27 e a soma dos dois últimos termos seja 15.

5. As medidas do lado, do perímetro e da área de um quadrado estão em progressão geométrica, nessa ordem. A área do quadrado será:

6.
 (FIA) Numa progressão geométrica, tem-se a3 = 40 e a6 = -320. A soma dos oito primeiros termos é:

7. o 2º termo de uma P.G. de termos positivos é  e o 10º termo é . Determine a razão dessa P.G.

8. Quantos termos da P.G. (2, -6, 18, -54) devemos considerar a fim de que a soma resulte 9842?

9. Em uma P.G. temos S6 = 1 456 e  a razão  q = 3. Determine a3:

Fonte: Blog do Professor Alexandre

segunda-feira, 18 de março de 2013

Reflita


The ompossivel is everything possible that you've never tried ! 
Autor: Anônimo

sexta-feira, 15 de março de 2013

Reflita:

Algumas pessoas pensam que viver é ser livre, ter liberdade.
Mas não sabem que a verdadeira forma de vida tem certos limites.

Autor: Matheus Henrique C. da Silva

Progressão Geométrica (P.G)

Progressões Geométricas


As Progressões Geométricas são formadas por uma sequência numérica, onde estes números são definidos (exceto o primeiro) utilizando a constante q, chamada de razão. O próximo número da P.G. é o número atual multiplicado por q. Exemplo: (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, …), onde a razão é 2

A razão pode ser qualquer número racional (positivos, negativos, frações, exceto o zero). Para descobrir qual a razão de uma PG, basta escolher qualquer número da sequência, e dividir pelo número anterior.
Fórmula do termo geral
A sequinte fórmula pode ser utilizada para encontrar qualquer valor de uma sequência em progressão geométrica:

an = a1 . q(n – 1)
onde a é um termo, então a1 refere-se ao primeiro termo. No lugar de n colocamos o número do termo que queremos encontrar. Exemplo:
q = 2
a1 = 5

para descobrir, por exemplo, o termo a12, faremos:
a12 = 5 . 2 (12 – 1)

a12 = 5 . 211
a12 = 5 . 2048 = 10240

As PG’s podem ser divididas em quatro tipos, de acordo com o valor da razão:

Oscilante (q < 0)

Neste tipo de PG, a razão é negativa, o que fará com que a sequência númerica seja composta de números negativos e positivos, se intercalando.

(3,-6,12,-24,48,-96,192,-384,768,…), onde a razão é -2

Crescente (q > 0)
 

Na PG crescente, a razão é sempre positiva, e por isto a sequência será formada por números crescentes, como:
(1, 3, 9, 27, 81, …), onde a razão é 3

Constante
 

Nesta PG, a sequência numérica tem sempre os mesmos números. Para isso, a razão deve ser sempre 1:
(4, 4, 4, 4, 4, 4, 4, …) onde a razão é 1

Descrescente

As progressões geométricas decrescentes tem a razão sempre positiva e diferente de zero, e os números da sequência são sempre menores do que o número anterior:

(64, 32, 16, 8, 4, 2, 1, 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32, 1/64, 1/128, ..) razão = 1/2
(-1, -3, -9, -27, -81, …) onde a razão é 3 (observe que na PG crescente temos um exemplo com a mesma razão, porém o número inicial aqui é negativo, alterando toda a sequência).


 Exercicios


Enunciado2) O produto dos 7 termos de uma P.G. é igual a 4586471424. Qual é o quarto termo?
Enunciado3) Dadas as sucessões P.G. ( x, y, 147 ) e P.A. ( 5x, y, 27 ), ambas crescentes, quais os valores de x e de y?
Enunciado4) O sexto termo de uma P.G. é igual a 12500. Se a razão é igual a 5, qual é o terceiro termo?
Enunciado5) Se somarmos os 7 primeiros termos da P.G. ( 7, 21, ... ) qual será o valor obtido?
Enunciado6) Ao somarmos o segundo, o quinto e o sexto termo de uma P.G. obtemos 400. Ao somarmos o terceiro, o sexto e o sétimo termo, obtemos o dobro disto. Quanto obteremos se somarmos os três primeiros termos desta progressão?
Enunciado7) Qual é o produto da multiplicação dos 5 primeiros termos da P.G. ( 6, 9, ... )?
Enunciado8) O sétimo termo de uma P.G. é igual a 1458 e o nono é igual a 13122. O primeiro é igual a quanto?
Enunciado9) Qual é a soma dos termos da P.G. ( 9, 27, ..., 19683)?
Enunciado10) Qual é o valor de x na P.G.(x - 40, x, x + 200)?
 
Resolução:  
1)
Para que você consiga resolver com mais habilidade os próximos exercícios, é fundamental que você consiga entender perfeitamente o conceito aplicado na resolução deste exercício, portanto preste bastante atenção e o estude quantas vezes forem necessárias, até que o tenha compreendido por completo.
Na parte teórica deste tema vimos que a partir da fórmula do termo geral da P.G. em função de qualquer termo, exibida abaixo, podemos representar um termo específico em função de qualquer outro termo.
Para representarmos a7 em função de a9 temos:
Entretanto vimos que na prática esta fórmula nada mais faz que determinar o número de termos de um ao outro e aplicar este número como o coeficiente de q, que irá multiplicar o termo original. Se o termo final estiver à direita (depois) do termo original o coeficiente será positivo, se estiver à esquerda (antes) será negativo.
a9 está dois termos à direita a7, logo precisamos dividi-lo duas vezes pela razão: a7 = a9 . q-2.
a5 vem três termos depois de a2, portanto precisamos dividi-lo três vezes pela razão: a2 = a5 . q-3.
a1 vem dois termos antes de a3, logo precisamos multiplicá-lo duas vezes pela razão: a3 = a1 . q2.
a3 está um termo à esquerda a4, portanto precisamos multiplicá-lo uma vez pela razão: a4 = a3 . q.
Então:
Respostaa7 = a9 . q-2, a2 = a5 . q-3, a3 = a1 . q2 e a4 = a3 . q

2)
Se representarmos todos os termos desta progressão em função de a4 teremos:
P.G. ( a4q-3, a4q-2, a4q-1, a4, a4q, a4q2, a4q3 ).
A representação do produto dos termos será então:
Perceba que na expressão acima q-3 anula q3, assim como q-2 anula q2 e q-1 anula q, deixando a mesma apenas com a variável a4. Isto ocorre apenas porque utilizamos o termo central como referência. Se tivéssemos escolhido qualquer outro termo, como o a3, por exemplo, para representarmos todos os outros termos em função dele, isto não iria ocorrer pois ele não é o termo central. Em função disto é fácil concluir que se a progressão tivesse um número par de termos, tal técnica não poderia ser utilizada.
Após esta breve explicação vamos continuar a resolução do exercício:
Portanto:
RespostaO quarto termo é igual a 24.

 3)
O termo y é média geométrica da P.G. e média aritmética da P.A., então matematicamente podemos igualar as duas médias assim:
A variável x pode assumir, portanto os valores 3 e 9,72.
Para x = 9,72 temos a P.A. ( 48,6, y, 27 ) que não é aceitável pois o enunciado especifica uma P.A. crescente, então não podemos considerar o valor 9,72.
Para x = 3 temos a P.A. ( 15, y, 27 ) e a P.G. ( 3, y, 147 ) que estão dentro dos padrões do enunciado.
Como y é um termo médio, tanto da P.A., quanto da P.G., vamos calculá-lo na P.A., pois é mais simples:
Assim sendo:
RespostaO valor de x é 3 e o valor de y é 21.

Como o terceiro termo está 3 termos à esquerda do sexto termo, podemos expressar a3 em função de a6 da seguinte forma:

Como:

Temos:

Portanto:
RespostaO valor do terceiro termo é 100.

 5)
A razão da sucessão pode ser obtida da seguinte forma:

Para a solução do exercício temos então as seguintes variáveis:

Calculando temos:

Logo:
RespostaO valor obtido ao somarmos os 7 primeiros termos da referida P.G. será de 7651.

 6)
A partir do enunciado montamos duas equações:

Podemos escrevê-las em função do primeiro termo para ficarmos com apenas duas variáveis, a1 e q:

Repare que podemos colocar q em evidência na segunda equação:

Perceba que esta providência nos permitirá encontrar o valor de q, já que o valor que está entre parênteses é exatamente igual à primeira equação:

Substituindo q pelo seu valor na primeira equação, já com os termos colocados em função de a1, encontraremos o valor deste termo:

Finalmente, sabendo que a1 = 8 e que q = 2, podemos calcular o valor da soma dos três primeiro termos:

Portanto:
RespostaA soma dos três primeiros termos desta progressão é igual a 56.

A seguir obtemos a razão da sucessão:

As variáveis que dispomos para a solução do exercício são:

Aplicando a fórmula para o cálculo do produto dos termos de uma progressão geométrica temos:

Enfim:
RespostaO produto dos cinco primeiros termos da referida P.G. é de 448403,34375.

 8)
Do enunciado temos:

Sabemos que o termo a8 é média geométrica dos termos a7 e a9 conforme abaixo:

Podemos calcular a razão da progressão, pois sabemos que podemos obtê-la como a seguir:

Sabendo que a razão q = 3, podemos encontrar a1 que se localiza 6 termos à esquerda de a7. Então temos:

Logo:
RespostaO primeiro termo desta P.G. é igual a 2.

9)
Dividindo o segundo termo da P.G. pelo primeiro, obteremos a sua razão:

Os dados que dispomos são:

Primeiramente precisamos obter o número de itens da sucessão:

Agora já dispomos de todos os dados necessários ao cálculo da soma dos termos:

Assim sendo:
RespostaA soma dos termos da P.G. ( 9, 27, ..., 19683) é igual a 29520.

10)
Como x é média geométrica entre x - 40 e x + 200 temos:

Portanto:
RespostaO valor de x na progressão geométrica é 50.

Novas regras ortográficas


Novas Regras Ortográficas da Lingua Portuguesa


Separamos de modo simples e fácil as principais regras ortográficas da língua portuguesa com relação a nova ortografia.

Desde o dia 01/01/2009 já estão em vigor as novas regras ortográficas da língua portuguesa. A partir de 2013 os meios de escrita da antiga regrada será totalmente abolido após esses quatro anos de adaptação. As mudanças são uma tentativa de fortalecer a língua portuguesa, fazendo como acontece com a língua inglesa, que trabalha com regras unificadas. Para facilitar o seu entendimento, separamos algumas regrinhas básicas para você aprender de vez como fica a nossa ortografia de agora em diante.


9827 nova ortografia Novas Regras Ortográficas da Lingua PortuguesaEstude o acordo ortográfico e se destaque (Foto: Divulgação)

O que muda com as novas regras ortográficas ?

Alfabeto

Nova Regra
O alfabeto será formado por 26 letras
Como era

As letras “k”, “w” e “y” não são consideradas integrantes do alfabeto
Como é

Essas letras serão usadas em unidades de medida, nomes próprios, palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano.

Trema

Nova regra
Não existirá mais o trema na língua portuguesa. Será mantido apenas em casos de nomes estrangeiros. Exemplo: Muller, mülleriano.
Como era

Agüentar, conseqüência, cinqüenta, freqüência, tranqüilo, lingüiça, bilíngüe.
Como é

Aguentar, consequência, cinquenta, frequência, tranquilo, linguiça, bilíngue.

9827 nova prtografia Novas Regras Ortográficas da Lingua PortuguesaSaiba mais sobre acordo ortográfico (Foto: Divulgação)

Acentuação – ditongos “ei” e “oi”

Nova regra
Os ditongos abertos “ei” e “oi” não serão mais acentuados em palavras paroxítonas
Como era

Assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, Coréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico
Como é

Assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, Coreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico.
Obs: Nos ditongos abertos de palavras oxítonas terminadas em éi, éu e ói e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis, troféu, céu, chapéu.


Acentuação – “i” e “u” formando hiato

Nova regra
Não se acentuarão mais “i” e “u” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo
Como era

baiúca, boiúna, feiúra, feiúme, bocaiúva
Como é

baiuca, boiuna, feiura, feiume, bocaiuva
Obs 1: Se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem em posição final o acento permanece: tuiuiú, Piauí.
Obs 2: Nos demais “i” e “u” tônicos, formando hiato, o acento continua. Exemplo: saúde, saída, gaúcho.

Hiato

Nova regra
Os hiatos “oo” e “ee” não serão mais acentuados
Como era

enjôo, vôo, perdôo, abençôo, povôo, crêem, dêem, lêem, vêem, relêem
Como é

enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, veem, releem

Palavras homônimas

Nova regra
Não existirá mais o acento diferencial em palavras homônimas (grafia igual, som e sentido diferentes)
Como era

Pára/para, péla/pela, pêlo/pelo, pêra/pera, pólo/polo
Como é

para, pela, pelo, pera, polo
Obs 1: O acento diferencial ainda permanece no verbo poder (pôde, quando usado no passado) e no verbo pôr (para diferenciar da preposição por).
Obs 2: É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

Hífen – “r” e “s”

Nova regra
O hífen não será mais utilizado em prefixos terminados em vogal seguida de palavras iniciadas com “r” ou “s”. Nesse caso, essas letras deverão ser duplicadas.
Como era

ante-sala, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-rival, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, supra-renal.
Como é

antessala, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirrival, autorregulamentação, autossugestão, contrassenso, contrarregra, contrassenha, extrarregimento, infrassom, ultrassonografia, semirreal, suprarrenal.

Hífen – mesma vogal

Nova Regra
O hífen será utilizado quando o prefixo terminar com uma vogal e a segunda palavra começar com a mesma vogal.
Como era

antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus.
Como é

anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus.

Hífen – vogais diferentes

Nova regra
O hífen não será utilizado quando o prefixo terminar em vogal diferente da que inicia a segunda palavra.
Como era

auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, co-autor, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático
Como é

autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiárido, semiautomático.
Obs: A regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por h: anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo.

Fonte: Cláudia Beltrão, professora de português da Central de Concursos

Romantismo

Romantismo   
 Romantismo no Brasil, literatura, música, Teatro, arte romântica, 
literatura romântica no Brasil, Música no Brasil, teatro romântico, resumo, características
 
José de Alencar : um dos principais escritores do Romantismo no Brasil
 
Introdução

O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX.
O berço do romantismo pode ser considerado três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Porém, na França, o romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América.
As características principais deste período são : valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.

Artes Plásticas

Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de arte. Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados pela Revolução Industrial.

Literatura
 
Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras estrangeiras, frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram : amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas.

Música
 
Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e a utilização de todos os recursos da orquestra. Os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista ganham importância nas músicas.
Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.
Teatro
Na dramaturgia o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o individualismo, o cotidiano, a subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois dramaturgos mais conhecidos desta época foram Goethe e Friedrich von Schiller. Victor Hugo também merece destaque, pois levou várias inovações ao teatro. Em Portugal, podemos destacar o teatro de Almeida Garrett.

O ROMANTISMO NO BRASIL
 
Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e políticas do pais. As obras brasileiras valorizavam o amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso pais e o cotidiano popular.

Artes Plásticas
 
As obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras principais deste período são : A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles. 

Literatura romântica brasileira
 
No ano de 1836 é publicado no Brasil Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães. Esse é considerado o ponto de largada deste período na literatura de nosso país. Essa fase literária foi composta de três gerações:
1ª Geração  - conhecida também como nacionalista ou indianista, pois os escritores desta fase valorizaram muito os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado como " bom selvagem" e, portanto, o símbolo cultural do Brasil. Destaca-se nesta fase os seguintes escritores : Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto Alegre e Teixeira e Souza.
2ª Geração - conhecida como Mal do século, Byroniana ou fase ultra-romântica. Os escritores desta época retratavam os temas amorosos levados ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da morte, tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores deste período morreram ainda jovens. Podemos destacar os seguintes escritores desta fase : Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.
3ª Geração - conhecida como geração condoreira, poesia social ou hugoana. textos marcados por crítica social. Castro Alves, o maior representante desta fase, criticou de forma direta a escravidão no poema Navio Negreiro.

Música Romântica no Brasil
 
A emoção, o amor e a liberdade de viver são os valores retratados nas músicas desta fase. O nacionalismo, nosso folclore e assuntos populares servem de inspiração para os músicos. O Guarani de Carlos Gomes é a obra musical de maior importância desta época.

Teatro
 
Assim como na música e na literatura os temas do cotidiano, o individualismo, o nacionalismo e a religiosidade também aparecem na dramaturgia brasileira desta época. Em 1838, é encenada a primeira tragédia de Gonçalves de Magalhães: Antônio José, ou o Poeta e a Inquisição. Também podemos destacar a peça O Noviço de Martins Pena.

sexta-feira, 8 de março de 2013

As aventuras de Pi


As aventuras de Pi

Deus existe? Como posso provar, racionalmente, a existência de Deus? A busca por respostas a estas perguntas gerou intensos debates filosóficos. Vários teólogos cristãos dedicaram-se a buscar provas racionais da existência de Deus sem precisar apelar à fé. O fruto deste esforço é visto em algumas teses, como a dos argumentos cosmológico, ontológico ou o teleológico (representado hoje pela Teoria do Design Inteligente).
Contudo, quem já tentou dialogar com um ateu consistente sabe como é frustrante usar estes argumentos.  Não é que eles sejam ruins, eu, particularmente, considero-os válidos. Mas, para a alma racionalista, sempre haverá uma explicação que exclua Deus do Universo. Por outro lado, a alma crédula enxergará Deus em tudo o que vê.
É o que mostra o filme "As Aventuras de Pi". Desde a infância, Pi Pattel acredita em todo tipo de Deus. Lê revistas em quadrinhos com as histórias dos deuses hindus. Entra em uma igreja católica e encanta-se com as histórias sobre Jesus e não entende como Ele pode sofrer a condenação eterna no lugar de homens pecadores. Passa por uma mesquita e deslumbra-se com o ritual das orações islâmicas. Ingenuamente, Pi acredita em tudo e tenta viver de acordo com todas as religiões que conhece.
Enquanto isso, seu pai, Santosh Pattel, é um homem que acredita apenas na razão. Decepcionado com a religião hindu, Pattel conclui que a grandeza do Ocidente repousa na razão e na ciência. Empreendedor e bem-sucedido, Santosh tenta destruir a ingenuidade de Pi, mostrando-lhe como a natureza funciona e os animais podem ser cruéis. Inicialmente Santosh consegue adormecer a fé em Pi, mas deixa no filho um vazio que não é preenchido pelo racionalismo.
Até que um desastre muda tudo. Quando Pi deixa a Índia para morar no Canadá, ele perde toda a família em um naufrágio. Sozinho, ele ainda precisa dividir seu bote salva-vidas com animais, sendo que um deles é um tigre. E é aí que Pi e os espectadores do filme podem descobrir um outro caminho que mostra a existência de Deus.
Sem fé, é impossível reconhecer a Deus
E o primeiro passo é exatamente o da fé. Se o ateu e o agnóstico só terão fé depois de terem argumentos racionais, então Deus jamais se revelará a eles. Como diz o versículo que abre este texto, Deus não se agrada da falta de fé. Quem quiser se aproximar d'Ele não pode ter dúvidas de que Ele existe.
Quando há fé, porém, a mão de Deus é enxergada nos piores momentos. Enquanto vê o navio cargueiro que levava a sua família afundar no Oceano Pacífico, Pi busca forças na esperança de vê-los novamente e confessa esta crença em meio ao desastre. Nas horas de grande dificuldade ou quando bênçãos inesperadas surgem, Pi sempre ora e mostra gratidão. Quando Santosh mostrou a Pi a crueldade da vida pela primeira vez, a fé do jovem indiano vacilou. Mas quando Pi conheceu a crueldade do mundo em toda a sua intensidade...vendo uma tempestade levar sua família, tendo que lutar com um tigre por comida, guardando ansiosamente gotas de água da chuva e até tendo que mudar seus hábitos alimentares...ele recuperou, com uma intensidade ainda maior, a sua fé de que Deus (ou deuses) existem.
Para Pi, é impossível entender a sua história sem enxergar pequenos milagres que o mantiveram vivo. Mas os ateus são como os japoneses no final do filme. Deus e seus milagres são a fantasia de um jovem, o delírio de um náufrago. Quando os religiosos contam sobre como Deus os ajudou a enfrentar a morte ou a doença, o ateu se surpreende em ver como os homens encontram força em uma mentira.
Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação, já não há quem faça o bem. (Salmo 14:1)
Há um propósito por trás de todas as coisas
Mas a fé de Pi é maior do que simplesmente acreditar que Deus existe. Ele crê em algo maior: que há um propósito divino em tudo o que acontece, mesmo nas piores peças que a vida nos prega.
Acreditar nisso traz paz em meio à angústia. Impressiona-me ver como o jovem Pi não explode em um acesso de raiva ou de desespero ao longo do filme. Não sei você, mas eu explodo com muito menos. Um pneu furado, uma batida de carro, uma conta que não foi paga e pronto...pode ser o suficiente para que eu passe o resto do dia deprimido, perguntando ao Senhor o que fiz para Ele me tratar assim e fique mal-humorado, tendo que me controlar para não descontar em outros a minha frustração.
Não é que Pi seja um "super-homem". Ele tem altos e baixos. Mas, mesmo lá, ele não se esquece que tudo tem uma razão de ser. Quando ele não entende nada e se frustra, ele ora e se rende diante de Deus. Confessa a sua ignorância sobre a razão de seu desastre e se entrega nas mãos de um Deus que ele não sabe quem é. 
E essa perseverança é recompensada no final, quando Pi mostra a gratidão mais inusitada de todas. Ele agradece a Deus por ter mantido um tigre com ele em todo o naufrágio! Reconhece que, sem aquele animal, ele não sobreviveria!
E é aqui que o hindu é mais cristão e reformado do que muitos cristãos reformados. Se, verdadeiramente, aplicássemos a Bíblia ao nosso dia-a-dia, seríamos gratos a Deus em todas as situações. Nos momentos de tribulação e nas perdas, quando Deus nos diz não, entenderíamos que o Senhor quer nos ensinar algo. Viveríamos com a esperança de que o mal de hoje pode ser o bem de amanhã. O desespero jamais nos dominaria, porque Deus está no controle de tudo. 
Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas. (Eclesiastes 11:4)
O que Pi não ensina
São belas lições de uma história muito bonita. Entretanto, "As Aventuras de Pi" não é perfeito. Piscine Pattel sabe que Deus existe e que seus infortúnios são uma prova disso. Mas ele não sabe quem é o verdadeiro Deus.
Na verdade, Pi não é um homem de várias religiões, como o filme tenta mostrar. Ele é e sempre foi um hindu. Quem acredita em 33 milhões de deuses, pode acreditar em 33 milhões e dois. Quem se vê culpado em várias religiões, pode acomodar mais uma ou duas em sua cosmovisão. Pode definir-se como um hindu católico. A miscigenação de fés não é algo estranho para um politeísmo tão profuso como o indiano.